COP27
- A COP27 tornou-se palco da volta do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ao cenário internacional. Em discurso no dia 16, ele cobrou o cumprimento de acordos climáticos por parte dos países ricos e assegurou que o combate à mudança climática será um eixo central do seu governo.
- Indígenas e quilombolas serão compensados por proteger a natureza no novo governo, diz a deputada eleita Marina Silva em encontro no Egito.
- A bioeconomia na Amazônia pode tornar realidade a máxima de Chico Mendes: “A floresta em pé vale mais do que derrubada”.
‘Opep das Florestas’
- Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo (RDC) lançaram nesta segunda-feira, dia 14, um acordo de cooperação para a preservação de suas florestas tropicais. Os três países respondem por 52% das florestas tropicais primárias remanescentes no mundo, cuja conservação é fundamental para o combate às mudanças climáticas.
O presidente eleito Lula encontra indígenas e outros representantes da sociedade civil durante a COP27 no Egito. Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany
Ministério dos Povos Originários
- O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na quarta-feira, dia 16, a criação do Ministério dos Povos Originários durante seu governo. E os nomes da equipe de transição para a pasta foram conhecidos na mesma data. A deputada eleita Sônia Guajajara, a deputada Joênia Wapichana e o líder Yanomami Davi Kopenawa são alguns dos anunciados.
- A redação do Enem deste ano teve como tema os povos originários. Os alunos tiveram de escrever sobre os “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. Segundo Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a redação “prepara o terreno” para entender a necessidade da criação de um ministério específico para os povos originários.
Crimes na Amazônia
- Dois homens assassinaram uma mulher Yanomami em Boa Vista, capital de Roraima. Ela estava acampada com outros Yanomami na avenida Venezuela, zona sul da capital. O grupo de indígenas pertence à região do Ajarani, no sul de Roraima. Os assassinos passaram pelo acampamento e atiraram aleatoriamente, atingindo a indígena, mãe de um bebê, e um homem, que recebeu tiros no braço.
- Há indícios de fraude nas licenças concedidas para a execução de obras na rodovia BR-319 durante o governo Bolsonaro. Faltaram requisitos mínimos para o licenciamento ambiental, e agentes da Funai mentiram sobre uma consulta prévia – que na verdade não ocorreu – aos povos indígenas afetados pelos projetos de expansão da rodovia.
- Três ruralistas se apropriam de terras públicas na Amazônia para transformá-las em pasto.
- Um grupo de ONGs protocolou no gabinete do procurador do Tribunal Penal Internacional, em Haia, pedido de investigação sobre uma rede criminosa que atua na Amazônia. Formada por agentes públicos e privados, a rede é acusada de ser responsável por graves danos à floresta amazônica entre 2011 e 2021.