Com o slogan “Nosso marco é ancestral: sempre estivemos aqui”, os Indígenas que participaram da 20ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), o principal evento do movimento no país, enfrentaram governantes, magistrados, parlamentares e os não Indígenas que insistem em lhes negar a terra e seus direitos. A tese do marco temporal permanece como a principal ameaça para os povos Indígenas do Brasil, uma vez que o Supremo Tribunal Federal suspendeu a tramitação de processos que questionam a constitucionalidade da lei aprovada pelo Congresso Nacional. Por essa regra jurídica perversa, que tem o aval do agronegócio brasileiro e da bancada ruralista no Congresso, os Indígenas, que sempre estiveram aqui, só terão direito a demarcar territórios se puderem comprovar que habitavam essas terras ou lutavam por elas, juridicamente, até a data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. No ATL, a alegria na resistência, o modo de vida nos territórios, a força da luta, os cuidados, as delicadezas e também a frustração foram documentados pela fotógrafa Lela Beltrão, editora de fotografia de SUMAÚMA.
Texto: Malu Delgado
Fotos: Lela Beltrão
Revisão ortográfica (português): Valquíria Della Pozza
Tradução em espanhol: Meritxell Almarza
Tradução em inglês: Sarah J. Johnson
Montagem de página: Natália Chagas
Coordenação de fluxo editorial: Viviane Zandonadi
Editora-chefa: Talita Bedinelli
Diretora de Redação: Eliane Brum