Nesta entrevista, a Indígena Ehuana Yaira conta a relação indissociável entre a mata e o corpo feminino. A artista e escritora Yanomami foi a primeira do seu povo a fazer uma fala pública na Europa, no ciclo “A Floresta É Mulher”, do Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona
Na Terra Indígena Xipaya, o Rio Iriri sofre efeitos da mudança climática, com água esverdeada e morte de peixes; nós, Indígenas, vivemos um tempo de incertezas
Enquanto as florestas do mundo exterior enfrentam o risco crescente de desertificação, nossas florestas simbólicas, habitat natural das criaturas da mente que povoam o inconsciente pessoal e coletivo, estão se desertificando a olhos vistos
Associações são suspeitas de cooptar comunidades tradicionais para seguir destruindo a floresta ao forjar uma suposta legalidade encoberta pelo nome de ‘planos de manejo’
A atividade é promovida por organizações criminosas cheias de dinheiro e as transformações tecnológicas que aumentam a produtividade também elevam o desmatamento e a destruição de modos de vida
O país pode cumprir seus compromissos climáticos e depender cada vez menos dos combustíveis fósseis. Mas, em vez de se afirmar como potência ecológica, planeja produzir mais óleo para exportar, se arriscando a uma nova era de dependência energética
Desde 2015 o sequestro das águas do rio pela usina tem provocado a interrupção de ciclos e vidas e matado milhares de peixes, ameaçando a segurança alimentar de Indígenas e Ribeirinhos, sem que o Ibama tome uma decisão para barrar a destruição
Em apenas 35 anos, o povo Apyterewa-Parakanã viu sua terra ser invadida, a floresta derrubada para o comércio ilegal de mogno e então virar pasto para cerca de 60 mil bois – a expulsão dos invasores hoje em curso é determinante para o futuro da Amazônia
Em sua estreia em SUMAÚMA, Sidarta Ribeiro pergunta: como explicar aos autoproclamados progressistas que não vale a pena – por dinheiro nenhum – acelerar o desequilíbrio ambiental destruindo a matéria orgânica viva para extrair a matéria orgânica morta?
SUMAÚMA acompanhou, durante três dias, a maior operação já realizada pelo órgão ambiental para retirar gado de uma terra indígena, a Ituna/Itatá, lar de povos isolados na floresta
A cientista, que apontou a perda da capacidade da floresta de absorver o gás carbônico emitido por ação humana, mostra em novo estudo que os efeitos do desmatamento sob Bolsonaro foram equivalentes, para o clima, aos do pior El Niño já registrado